Tratamento injetável para o HIV

O Mundo da Infectologia

Tratamento injetável para o HIV

Publicado em 27/08/2021 • Por Dr. Ruan de Andrade Fernandes

Indiscutivelmente o acompanhamento regular e a adesão à terapia antirretroviral são as chaves para o sucesso no tratamento de pessoas vivendo com HIV. Sabendo que existem diferentes necessidades e perfis de pacientes, é fundamental que exista opções que permitam atingir esse objetivo.

Desde o início da epidemia, a base do tratamento do HIV são combinações de medicamentos por via oral, que são chamados popularmente de "coquetéis". Mas isso pode mudar em breve com a chegada de opções injetáveis com ação prolongada.

Em 21 de janeiro de 2021 o FDA, órgão americano que regulamenta a liberação de medicamentos, aprovou o Cabenuva como opção de administração intramuscular mensal. A droga consiste na associação do Cabotegravir e Rilpivirina. Por ora são condições para ser elegível à esse tratamento: estar com carga viral indetectável e não ter história de falha terapêutica à esquemas anteriores.

A segurança e eficácia do Cabenuva foram estabelecidas através de dois estudos incluindo 1.182 adultos infectados pelo HIV que estavam com carga viral indetectável antes do início do tratamento com Cabenuva. Em ambos os estudos os pacientes continuaram a apresentar supressão virológica sem alteração relevante na contagem de linfócitos CD4.

Os pesquisadores consideraram o medicamente seguro com eventos adversos comuns e aceitáveis para uma aplicação injetável. Os eventos mais freqüentes foram reações no local da injeção, febre, fadiga, dor de cabeça, dor muscular, náuseas, perturbações do sono e tonturas.

O Cabenuva ainda não está disponível no Brasil, mas há uma expectativa que isso ocorra em um curto espaço de tempo.

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